sexta-feira, 4 de março de 2011

Desde de sempre que me habituei a mencionar-te sempre da mesma forma. Dizia o quanto te amava, pouco depois dizia o quanto me magoavas e pelo meio dizia também o quanto feliz já tinha sido a teu lado, creio que se tinha tornado uma espécie de rotina. Sempre que dizia que te ia esquecer, parte de mim sabia que isso era apenas meras palavras pois na realidade a minha vontade de te esquecer era pouca ou nenhuma. Queria continuar a guardar para mim o que sentia por ti, queria continuar a acreditar que um dia mais tarde tudo iria voltar ao que era e ficaríamos juntos novamente, queria continuar a ter esperança de que valia a pena ter esperanças. Houve realmente momentos em que algo me dizia que o melhor mesmo era esquecer-te, mas eu não queria, não queria começar a esquecer-te e não queria de maneira nenhuma desistir de ti. Meti na cabeça que se continuasse a tentar, tu algum dia irias abrir os olhos e ver as coisas tal como elas eram e não como outros diziam ser. Preferi sofrer, preferi chorar, preferi continuar a tentar mesmo sabendo que parte de mim sempre soube que não valia a pena, preferi cair numa perfeita ilusão. Caí na ilusão de que se no passado já fora perfeito, então no futuro também poderia ser e pus de parte todas as hipóteses de não acontecer nada e ficar tudo na mesma. Á pouco tempo disseram-me “falar é fácil e esquecer não é assim tão simples, mas agora que tens uma oportunidade de tentar fixar o chamado inicio fim, acho que devias mesmo aproveitar isso”, e eu também acho que devia aproveitar. Admito que ao longo deste tempo me fixei apenas numa só coisa, pus todas as outras opções de lado e em vez de tentar ser feliz, percorria um caminho que só me trazia mais dor mas que me fazia acreditar que era o melhor e o único caminho que tinha. Não me arrependo de nada do que fiz, não me arrependo de não ter desistido logo, não me arrependo de ter persistido e de ter mantido a esperança, não me arrependo de ter percorrido aquele caminho que na altura me dizia que era o caminho para a minha futura felicidade. Tenho pena de não te ter dito adeus mais cedo, mas não me arrependo de nada.
Amei-te, chorei por ti, lutei e persisti, caí mas agora finalmente acordei e percebi que o melhor é dizer-te que segui.

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